Em novembro de 2020 o Brasil conheceu aquela que se tornaria a forma de pagamento queridinha da maioria das pessoas: o Pix. A instantaneidade, a disponibilidade 24 horas e a desburocratização trazidas pela ferramenta aceleraram o declínio do dinheiro físico, que já estava caindo em desuso devido à praticidade incomparável dos cartões de crédito e débito. Como consequência, entramos na era dos pagamentos digitais em hotéis, uma conveniência que o consumidor moderno muito provavelmente espera encontrar em todas as etapas de sua jornada como hóspede.
Para o setor hoteleiro, adaptar-se a essa realidade não é uma escolha – é uma questão de competitividade e de sobrevivência. Afinal, cada etapa a menos envolvendo o processo de pagamento é um ponto a mais no nível de satisfação do cliente.
5 maneiras de fomentar os pagamentos digitais em hotéis usando tecnologia
1. Via aplicativo do hotel

Diversos empreendimentos já sacaram que ter seu próprio aplicativo rende muitos benefícios. Para começar, os apps podem servir como uma central de informações, disponibilizando tudo o que é preciso saber para uma hospedagem tranquila, como horário do café da manhã, diferenciais acerca de sua infraestrutura e dicas de o que fazer nos arredores. Chats em tempo real com a equipe da recepção são um bônus interessante.
No entanto, o melhor dos mundos ocorre quando os aplicativos se tornam um hub completo de serviços, possibilitando que os hóspedes reservem e paguem ali mesmo pelos extras que desejarem (massagens, aluguel de bicicletas, room service e lavanderia, por exemplo), consultem o extrato da estada e até efetuem check-in e checkout, acertando a conta sem precisar recorrer ao atendimento humano – e de modo extremamente mais ágil.
Autorizar o uso dos apps para a realização de pagamentos digitais em hotéis facilita um bocado para todo mundo. Só que, para que isso funcione bem, é necessário tomar algumas medidas:
- aderir à “tokenização”, que substitui os dados sensíveis do cartão de crédito por um código único e aleatório (o token), mantendo essas informações seguras em um provedor de serviços de pagamento – e não no sistema do hotel;
- estar em conformidade com as normas que atestam a segurança em transações online. Entre essas normas, destaque para o Payment Card Industry Data Security Standard (PCI DSS), que corresponde ao padrão internacional de segurança de dados e cujo intuito é garantir a inviolabilidade dos dados do titular;
- manter a transparência nas transações, apresentando um registro detalhado do histórico de pagamentos (que seja facilmente acessado, é claro) e notificando o usuário a cada transação bem-sucedida. Faz parte também compartilhar a política de pagamento do hotel, comunicando claramente as formas de pagamento aceitas, situações em que haverá a cobrança de taxas adicionais e quais são as políticas de cancelamento vigentes.
2. Carteiras digitais (e-wallets)

A definição do Sebrae é impecável: carteiras digitais são “uma versão online das carteiras físicas”. Trata-se de plataformas em que as pessoas cadastram os dados de seus cartões de crédito e débito para fazer transações, geralmente concretizadas por meio da aproximação do smartphone ou do smartwatch a um terminal habilitado e munido de tecnologia NFC (Near-Field Communication). Para compras online, a recomendação é investir em apps que integrem as e-wallets aos meios de pagamento, poupando o usuário de inserir manualmente seus dados bancários sempre que fizer uma compra.
Ao mesmo tempo em que as carteiras digitais eliminam a necessidade de portar os cartões físicos, elas protegem o titular dos dados, uma vez que a exposição desses dados nunca acontece de fato. Isso porque eles ficam seguros com o uso da criptografia e com o monitoramento constante de sistemas antifraude, além de seus mecanismos de segurança incluírem algum tipo de autenticação biométrica para que o pagamento seja autorizado.
A popularidade das carteiras digitais, a exemplo de Apple Pay, Google Pay, Samsung Pay e da pioneira PayPal, confirma que os pagamentos digitais em hotéis vieram para ficar e contribuem para a comodidade do hóspede.
3. Pix

Nós abrimos este texto falando sobre o Pix e cá está ele de novo, um dos melhores exemplos de como incorporar no dia a dia os pagamentos digitais em hotéis. O Pix nada mais é do que uma ferramenta de pagamento instantâneo, que surgiu para descomplicar a vida de prestadores de serviço e consumidores.
O processamento das transações é liberado a qualquer momento, independentemente de ser dia útil ou de se estar em meio a um feriadão, e tudo é feito em questão de segundos. Ou seja, ao contrário do que rola com os boletos, não é preciso esperar pela compensação bancária.
Contudo, há limites pré-estabelecidos de valor, os quais mudam de acordo com o horário. Para contas de pessoas físicas, o teto de transferência no período noturno (das 20h às 6h ou das 22h às 6h, a depender da preferência do usuário) é de R$1.000,00. Por outro lado, o valor permitido no período diurno é igual ao limite estipulado para TEDs. Você encontra todas as informações sobre isso neste link.
O Pix caiu nas graças dos brasileiros por sua praticidade – afinal, a confirmação de transferência ou de recebimento é imediata –, pelos protocolos de segurança robustos, regulamentados pelo Banco Central, e por substituir os complexos dados bancários por um QR Code ou por uma chave Pix. Essa chave pode ser o CPF ou CNPJ do usuário, seu número de telefone (com DDD) ou um código aleatório, gerado diretamente no aplicativo do banco.
4. QR Code

Como citamos o QR Code no item anterior, vale salientar que ele se enquadra como um baita facilitador dos pagamentos digitais em hotéis. A razão para isso é cristalina: se o estabelecimento for adepto dos QR Codes, basta o consumidor apontar a câmera do celular ou abrir um aplicativo capaz de “ler” o código para ser direcionado a uma página de pagamento online e finalizar a transação. Simples assim.
Não é à toa que a gente encontra cada vez mais QR Codes por aí: no balcão da recepção, em e-mails de confirmação da reserva, em totens de autoatendimento, em restaurantes e bares… Esse é um reflexo de sua capacidade de simplificar a jornada de pagamento – e, vamos combinar, a conveniência existe, visto que o smartphone está sempre à mão, né?
5. Integração com sistemas de reservas

Aceitar formas de pagamentos digitais em hotéis é um grande passo rumo à modernização. Porém, as tecnologias que abrem caminho para que isso aconteça precisam, necessariamente, estar integradas aos sistemas de reservas. É essa integração com o Property Management System (PMS) que vai vincular o pagamento à reserva correspondente, registrando-o no banco de dados do hotel. Sem ela a automação não funcionará e o departamento financeiro ainda terá que imputar os dados manualmente – o que, aliás, aumenta significativamente as chances de erros.
Outros pontos positivos resultantes da integração são a geração automática de faturas e a centralização dos dados, descortinando uma visão completa sobre a reserva em si e sobre o histórico financeiro do hóspede.
A verdade é que a tecnologia vem transformando a hospitalidade. Se o hóspede já faz grande parte das coisas online, por que não se abrir de vez aos pagamentos digitais em hotéis e oferecer mais essa comodidade para ele? Você concorda que esse é o novo normal? Conte para nós nos comentários como estão sendo essas mudanças por aí!