*Artigo assinado por Luiz Henrique Miranda, diretor-executivo da Agência AMIgo!*
No artigo “Falta de Tempo ou Falta de Educação?“, Andréa Nakane aborda com perspicácia a crescente indiferença nas interações sociais contemporâneas, citando como exemplo a importância do RSVP e a atual negligência quanto ao retorno a convites sociais. Essa observação ressalta uma preocupante tendência de distanciamento social e falta de empatia nas relações humanas.
A espécie humana é, por natureza, gregária. Nossa sobrevivência e evolução sempre dependeram da capacidade de formar e manter laços sociais. No entanto, vivemos uma era marcada pelo individualismo exacerbado, na qual o consumismo desenfreado e a priorização dos interesses pessoais sobre os coletivos têm enfraquecido os vínculos comunitários. Essa atitude não se limita às interações cotidianas, mas se reflete em esferas macro, como nas ações de líderes de grandes potências econômicas que, movidos por interesses próprios, desrespeitam acordos internacionais e a soberania de outras nações.
O excesso de informação explica a dificuldade em reconhecer a importância do RSVP?
A aparente redução da importância do RSVP pode parecer trivial em um primeiro momento, mas simboliza uma desconexão maior, evidenciando como o desrespeito nas pequenas ações reflete comportamentos mais amplos de negligência e arrogância. Tal postura é alimentada por uma avalanche de informações proporcionada pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que, embora conectem, também sobrecarregam e distraem, levando ao fenômeno do Fear of Missing Out (FOMO) – ou “medo de ficar de fora”, em português. Essa constante busca por não perder nada pode resultar em uma desconexão com o presente e com as responsabilidades sociais.
Contudo, há uma luz no horizonte. A mesma tecnologia que contribui para o isolamento também facilita a formação de redes colaborativas e inclusivas. Estamos testemunhando uma transição de modelos hierárquicos rígidos para estruturas mais horizontais e participativas. Essa mudança sugere uma possível revitalização dos laços comunitários, em que a educação e o respeito mútuo são pilares fundamentais.
Andréa Nakane acerta ao destacar que a falta de educação é um obstáculo significativo para o avanço civilizatório. Resgatar práticas simples de cortesia e consideração, como reconhecer a importância do RSVP, é mais do que uma questão de etiqueta; é um passo essencial para reconstruir uma sociedade mais empática e conectada. Afinal, somos seres sociais por essência, e é na valorização do outro que encontramos nosso verdadeiro propósito coletivo.
Neste cenário complexo, é preciso reafirmar valores fundamentais como a empatia, o respeito mútuo e a consciência coletiva. Para tanto, plataformas como o Portal do Hoteleiro oferecem importantes contribuições ao reunir conteúdos e recomendações voltados ao desenvolvimento e à atualização profissional no universo da hospitalidade. O Portal enfatiza, sobretudo, o valor do bem receber e o uso estratégico da tecnologia como ferramenta para promover um atendimento genuinamente humanizado. Ao cultivarmos esses princípios no cotidiano, estamos dando passos firmes rumo a uma sociedade mais consciente, colaborativa e educada, capaz de superar as armadilhas do individualismo exacerbado e reafirmar nossa natureza como seres sociais.
Como você enxerga a importância do RSVP? Você acredita que o ato de não responder representa falta de consideração ou entende que as pessoas estão simplesmente tendo de lidar com um grande volume de tarefas e responsabilidades? Deixe sua opinião nos comentários!
