quarta-feira, 30 julho,2025
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O adeus aos plásticos de uso único nos hotéis e em A&B: como a Accor está mudando o jogo

O alarme vem soando há anos: a corrida pela preservação ambiental deixou de ser uma escolha e se tornou uma exigência das mais urgentes, moldando políticas públicas e decisões corporativas no mundo inteiro. Na hotelaria, essa revolução já está em andamento – e muito disso se deve à Accor, que vem se empenhando em tirar de circulação plásticos de uso único nos hotéis e em fazer da sustentabilidade um alicerce em seus 5,6 mil empreendimentos.

O que começou em 2018 como uma meta de reduzir o uso de canudos não teve só um quê de pioneirismo; foi um divisor de águas que acabou ganhando uma proporção extraordinária. Dessa (não tão) simples decisão derivaram mudanças estruturais importantes, que vão desde a maneira como o shampoo e o sabonete são encontrados nas acomodações – agora em dispensers recarregáveis ou embalagens reutilizáveis – a um olhar mais apurado na cozinha, com escolhas mais conscientes com relação ao cardápio e aos tipos de materiais utilizados.

Sem desviar os olhos da experiência do cliente, a gigante hoteleira se reinventou e segue se reinventando desde então. É verdade que o foco acentuado em sustentabilidade trouxe desafios logísticos e exigiu que parte do mercado se adaptasse para atender às novas exigências da rede – mais verdes, mais saudáveis e mais justas com a natureza. Em contrapartida, abandonar os plásticos de uso único nos hotéis trouxe custos menores e um prestígio imensurável para a marca. Hoje, o objetivo da Accor é dos mais nobres: ser um exemplo global de como unir excelência em hospitalidade e responsabilidade ambiental.

O caminho parece ser esse mesmo: a União Europeia determinou, em março deste ano, que cafés e restaurantes estarão proibidos de utilizar embalagens plásticas de uso único a partir de 2030. Coincidência? A gente tem certeza que não. Todas as bússolas apontam para um futuro cada vez mais guiado pela sustentabilidade.

Para entender como essa transformação tem acontecido na prática, nós fomos atrás de Andreza Ranieri, gerente de Responsabilidade Social Corporativa da Accor para as Américas e uma das vozes mais ativas nesse processo de mudança da rede. O bate-papo rendeu: Andreza revelou os desafios enfrentados no movimento de eliminação de plásticos de uso único nos hotéis, as soluções já implementadas nas cozinhas e restaurantes e qual foi o momento em que tudo mudou para a Accor. Para coroar, promoveu uma reflexão sobre o papel da hotelaria na transição para um modelo alimentar mais equilibrado. Confira a entrevista na íntegra!

Entrevista exclusiva: o que diz a Accor sobre os plásticos de uso único nos hotéis

1. O que motivou a Accor a adotar a meta de eliminar plásticos de uso único da experiência do cliente? Quando, exatamente, isso começou?

A Accor é guiada por um compromisso global com a sustentabilidade. O objetivo de eliminar plásticos de uso único nos hotéis nasceu do entendimento de que o setor hoteleiro tem um papel fundamental na preservação dos recursos naturais. Esse compromisso foi formalizado em 2019, como parte da estratégia global do grupo, e veio com metas claras e mensuráveis voltadas à redução de impactos ambientais em todas as etapas da operação hoteleira. Ao mesmo tempo, está alinhado com o Global Tourism Plastics Initiative (GTPI), iniciativa da ONU que orienta o setor de turismo a eliminar plásticos problemáticos e de uso único, incentivando a adoção de soluções mais sustentáveis.

2. Quais foram os principais desafios enfrentados nessa transição?

Andreza Ranieri, gerente de Responsabilidade Social Corporativa da Accor para as Américas, aparece sentada em uma cadeira vermelha, com expressão serena e um leve sorriso. Ela usa óculos de armação tartaruga, camisa rosa de mangas dobradas e um relógio preto no pulso esquerdo, que também exibe uma tatuagem delicada de flores.
Andreza Ranieri, gerente de Responsabilidade Social Corporativa da Accor para as Américas, pondera sobre os desafios e as vantagens decorrentes da eliminação de plásticos de uso único nos hotéis da rede | Crédito: Divulgação

Um dos principais desafios foi buscar alternativas sustentáveis para a substituição de plásticos de uso único nos hotéis sem comprometer a segurança alimentar, a experiência do hóspede e a viabilidade econômica, especialmente na área de Alimentos & Bebidas. Afinal, essa transição requer engajar a cadeia de fornecedores de toda a região, além de padronizar as soluções na ampla rede da Accor. 

3. A Accor estipulou o ano de 2022 como marco para a eliminação de plásticos de uso único nos hotéis, conforme consta nesta matéria institucional. Essa meta foi cumprida?

Alcançamos avanços significativos em 2022 com a eliminação de itens em restaurantes, bares, quartos e salas de reuniões, a exemplo de canudos, agitadores, copos plásticos e amenities em sachês. Em 2024, 84% dos hotéis da Accor nas Américas já tinham removido plásticos de uso único nos hotéis em áreas de contato com os hóspedes, ao passo que 70% dos empreendimentos já tinham concluído a retirada total desses materiais do “back of the house” (dentro da cozinha).

No entanto, ainda existem desafios na eliminação de 100% dos itens, sobretudo na região das Américas, onde alguns itens ainda não possuem alternativas seguras e viáveis no mercado. Trata-se de um processo contínuo de aprimoramento: à medida que novas soluções surgem, seguimos avaliando e substituindo os produtos plásticos remanescentes, sempre priorizando a segurança, a eficiência operacional e o compromisso ambiental.

4. Como foi o processo de substituição de itens como sachês de shampoo e condicionador nos hotéis da rede?

Trocamos os amenities em sachês por dispensers recarregáveis ou embalagens reutilizáveis, reduzindo de forma significativa o uso de plásticos descartáveis nos hotéis. Essa transição demandou adaptações estruturais em alguns hotéis e um trabalho próximo com fornecedores, uma vez que, à época, muitos ainda não ofereciam alternativas reutilizáveis no mercado.

Ao estimular o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis, desafiamos nossos parceiros a inovar conosco, contribuindo não apenas para os avanços da Accor, mas também para a transformação do setor como um todo. Essa mudança reforça nosso compromisso com a liderança em sustentabilidade e nos dá a sensação de que estamos no caminho certo.

5. A Accor foi uma das primeiras redes a eliminar canudos plásticos na América do Sul, ainda em 2018. Como essa decisão antecipada influenciou metas mais amplas da empresa para a eliminação de plásticos?

A eliminação dos canudos plásticos em 2018 foi um marco importante e serviu como ponto de partida para a nossa estratégia de sustentabilidade. Essa decisão antecipada nos mostrou que, com o engajamento certo de equipes e parceiros, era possível implementar mudanças concretas e liderar o setor rumo a práticas mais responsáveis.

A partir dessa experiência bem-sucedida ampliamos nossas ambições. Hoje, seguimos com metas estruturadas para 2025, incluindo a redução do consumo de água e a certificação de nossos hotéis em critérios de sustentabilidade.

6. Além da questão dos canudos, como essa guinada ecologicamente correta se reflete na cozinha e nos serviços de A&B? Dê detalhes, por favor.

Potes de vidro com geleias artesanais e frutas frescas ao redor, como cerejas, ameixas, morangos e damascos, dispostos sobre uma superfície de madeira. A imagem ilustra uma alternativa sustentável às embalagens plásticas individuais tradicionalmente usadas em hotéis, em linha com o compromisso da Accor de eliminar plásticos de uso único em pontos de contato com o hóspede.
A decisão de erradicar plásticos de uso único nos hotéis Accor, especialmente em pontos de contato com o hóspede, envolveu repensar a forma como geleias, condimentos e manteigas, por exemplo, são servidos, substituindo embalagens plásticas individuais por recipientes reutilizáveis | Crédito: Freepik

Nas áreas de Alimentos & Bebidas (A&B), que chamamos de “back of the house”, implementamos diversas ações para restringir o uso de plásticos e promover práticas mais sustentáveis. Por exemplo, optamos por abandonar de vez as embalagens plásticas individuais para condimentos, adoçantes, manteigas e geleias, substituindo-as por opções a granel em recipientes reutilizáveis.

Até o momento já retiramos 77 itens de plástico de uso único das nossas cozinhas. Essa mudança não só atenuou o impacto ambiental, como ainda trouxe benefícios operacionais – atualmente, caiu a necessidade de sacos de lixo graças à diminuição na geração de resíduos, o que, por sua vez, contribuiu para a redução de custos.

Também desenvolvemos uma lista de substituições recomendadas para uso nas cozinhas, como talheres e copos descartáveis, priorizando versões compostáveis ou reutilizáveis. No caso dos itens compostáveis, exigimos a certificação “OK Compost Home”, que assegura que o material pode ser compostado até mesmo em ambiente doméstico.

Tudo isso foi feito garantindo rigorosamente a segurança alimentar, que é o principal pilar nas cozinhas. A colaboração entre o time de A&B e nossas nutricionistas foi imprescindível nesse processo. Enquanto nosso time contribuiu com o conhecimento técnico em sustentabilidade, elas trouxeram sua expertise em segurança dos alimentos e operação. Essa parceria evidencia a transversalidade da sustentabilidade, que só avança de forma eficaz quando integrada a todas as áreas da operação.

7. A eliminação de plásticos na hotelaria envolve várias frentes. Em quais outras áreas dos hotéis essa política foi priorizada? Pode citar alguns exemplos?

Além das áreas de A&B, priorizamos a eliminação de plásticos de uso único nos hotéis em amenities, embalagens de lavanderia, kits de boas-vindas, materiais promocionais e até no minibar. Alguns exemplos disso envolvem a preferência por garrafas de vidro reutilizáveis ou latas no lugar de garrafinhas plásticas de água, assim como a instalação de estações de refil em áreas comuns. 

8. Há diferenças na aplicação dessa política de redução e eliminação do plástico entre as marcas da rede, considerando os diferentes padrões de serviço? A localização geográfica dos hotéis interfere de alguma maneira?

Sim, há adaptações conforme a categoria da marca e o contexto local. Marcas de luxo exigem soluções que equilibrem sofisticação e sustentabilidade; marcas econômicas podem adotar alternativas mais simples. Questões regulatórias, disponibilidade de fornecedores e infraestrutura local são outros fatores que influenciam a velocidade e a forma como as mudanças são implementadas.

Em relação à localização geográfica, há algumas limitações em certas regiões do Brasil em termos de fornecimento. Nosso objetivo é conseguir fomentar e desenvolver os fornecedores ao ponto de terem capilaridade para entrega em todo o país. Quando olhamos para a América do Sul, países como Peru, Bolívia e Equador se mostram mais desafiadores, principalmente devido às condições econômicas e aos problemas logísticos. 

9. Que tipo de resposta os clientes têm dado a essas mudanças? Houve algum tipo de resistência? 

Braço estendido em primeiro plano com a palma da mão voltada para cima, segurando uma folha verde com um recorte em forma de coração no centro. Ao fundo, uma paisagem natural com árvores, vegetação densa e uma grande cachoeira desfocada. A imagem transmite uma mensagem de conexão entre natureza e sustentabilidade e representa o impacto positivo de ações sustentáveis, como a redução de plásticos de uso único nos hotéis da Accor, tanto no que se refere à preservação ambiental quanto à conscientização dos hóspedes.
A ênfase em sustentabilidade tem sido um chamariz para a Accor, impactando positivamente a experiência dos hóspedes. Inclusive, a diminuição de plásticos de uso único nos hotéis da rede influencia a maneira como os clientes lidam com isso em sua vida cotidiana | Crédito: Freepik

A recepção dos clientes tem sido amplamente positiva. Os hóspedes valorizam cada vez mais práticas sustentáveis e enxergam essas iniciativas como um diferencial na experiência. Segundo um estudo da Booking.com, 80% dos viajantes acreditam que viajar de forma sustentável traz benefícios, e nós percebemos isso na prática: muitos clientes retornam aos nossos hotéis justamente pela combinação entre excelente serviço e responsabilidade ambiental.

O cliente é uma peça-chave nesse processo. Fazer sustentabilidade na hotelaria tem um efeito inspirador, pois permite que o hóspede materialize a mudança em seu dia a dia. Ao perceberem a ausência de plásticos descartáveis durante a estada, muitos se sentem motivados a repensar seus próprios hábitos. Desse modo contribuímos não apenas para a transformação da nossa operação, mas também para a conscientização de milhares de pessoas.

10. Os fornecedores precisaram se adaptar aos novos critérios de sustentabilidade da Accor? Como se deu essa virada de chave com eles?

Sim, muitos fornecedores passaram por um processo de adaptação. Atuamos de forma colaborativa, compartilhando nossos padrões e oferecendo prazos viáveis para a transição.

A Astore, plataforma global de compras da Accor, faz a gestão dos fornecedores e garante que os produtos oferecidos estejam alinhados aos critérios ESG do grupo. São mais de 1000 fornecedores homologados nas Américas. A plataforma oferece um guia de compras responsável, no qual os fornecedores se comprometem formalmente com uma série de exigências sustentáveis definidas pela Accor, reiterando nosso interesse em contar com uma cadeia de suprimentos ética, segura e atenta ao impacto ambiental.

Além disso, fomentamos parcerias com produtores locais para desenvolver soluções inovadoras e comprometidas com a preservação do meio ambiente, contribuindo também para a economia das comunidades locais.

11. A orientação “plastic free” da rede está em sintonia com a decisão recente de abolir embalagens plásticas de uso único em cafés e restaurantes na União Europeia a partir de 2030. O que mais poderia ser feito para tornar a experiência gastronômica dos hóspedes mais sustentável?

Dois clientes sentados à mesa em um restaurante compartilham uma refeição servida em embalagens sustentáveis de papelão. Uma das pessoas segura um garfo, enquanto a outra abre a tampa da embalagem. Em destaque, um copo com tampa plástica transparente e bebida âmbar. A cena remete à transição para alternativas aos plásticos de uso único em serviços de alimentação.
A iniciativa da Accor em substituir plásticos de uso único nos hotéis encontra eco em uma decisão recente, que determinou que, em um prazo de cinco anos, nenhum café e restaurante da União Europeia poderá usar esse material em seus estabelecimentos | Crédito: Freepik

Muito antes dessa decisão da União Europeia a ONU já havia lançado uma iniciativa específica para o setor de turismo: a Global Tourism Plastics Initiative, a qual já mencionei aqui. A Accor foi uma das primeiras redes a aderir a esse compromisso global, e desde então seguimos firmes no processo de erradicar a utilização de plásticos de uso único em nossas operações.

Em relação à experiência gastronômica, no início desse ano foi lançada a Política de Alimentação Sustentável da Accor – “Good Food Feels Great” –, por meio da qual a rede assume sete compromissos principais a serem alcançados até 2030 para impulsionar um modelo de alimentação mais sustentável. Esses compromissos incluem:

  • disponibilizar 50% de pratos vegetarianos ou à base de vegetais nos cardápios;
  • oferecer receitas de baixo carbono;
  • servir itens de café, chá e cacau provenientes de fornecedores responsáveis;
  • garantir que pelo menos cinco produtos servidos no café da manhã sejam orgânicos;
  • favorecer fornecedores locais de alimentos e produtos sazonais;
  • proibir espécies de frutos do mar ameaçadas de extinção e promover a pesca responsável;
  • agir em prol do bem-estar animal e incentivar os fornecedores a adotarem práticas mais éticas e humanizadas.

12. Como a Accor mede o impacto ambiental gerado pela redução dos plásticos de uso único nos hotéis?

Contamos com um processo rigoroso de coleta de dados para acompanhar o progresso. Duas vezes por ano os hotéis devem preencher nossa plataforma de gestão de sustentabilidade, informando quais itens já foram eliminados. Isso nos permite gerar métricas confiáveis e quantificar o impacto das ações implementadas.

Reduzir 80% do plástico em nossos hotéis significa, na prática, 80% a menos de plástico descartado no meio ambiente todos os anos apenas pela nossa rede. Sabemos que isso, isoladamente, não resolve o problema global da poluição plástica. Ainda assim, temos plena consciência de que estamos fazendo nossa parte e impulsionando uma transformação concreta no setor hoteleiro.

13. Você acredita que esse pioneirismo e essa chamada para a ação já são uma realidade em outras redes e no setor de hotelaria como um todo?

Sem dúvida. A sustentabilidade já não é mais uma tendência e se tornou um componente essencial da estratégia de negócios em todo o setor. Na Accor, apesar de termos orgulho de sermos pioneiros, sabemos que nenhuma transformação acontece sozinha. Sustentabilidade é, acima de tudo, sobre coletividade.

É inspirador ver cada vez mais redes assumindo compromissos ambientais concretos, investindo em inovação e repensando seus modelos operacionais em prol do planeta. Esse movimento conjunto é o que torna possível uma mudança real e duradoura. Quando o setor inteiro caminha na mesma direção os impactos positivos se multiplicam. E é exatamente isso que estamos construindo: um futuro no qual a hospitalidade acolhe não só as pessoas, mas também o mundo em que vivemos.

14. Quais são os próximos passos da Accor no campo da sustentabilidade? Pode antecipar alguma novidade?

Chef de cozinha, vestindo jaleco branco, prepara cuidadosamente uma salada fresca em uma tigela de inox. A composição inclui folhas verdes, rabanetes fatiados e um pedaço de tomate. A cena remete à valorização de práticas sustentáveis e à oferta de uma alimentação saudável na hotelaria.
A área de A&B é uma das grandes beneficiárias da política de sustentabilidade da Accor. Além da eliminação de plásticos de uso único nos hotéis e cozinhas, a rede se volta cada vez mais a uma alimentação saudável e consciente | Crédito: Freepik

Nos últimos anos amadurecemos significativamente nossa estratégia de sustentabilidade, que hoje se apoia em três pilares fundamentais:

  • comer: promovendo uma alimentação mais consciente, que valoriza os alimentos do campo ao prato e com foco em ingredientes locais, sazonais e de baixo impacto ambiental;
  • ficar: refletindo nosso compromisso com operações mais sustentáveis por meio da redução do consumo de água e energia, da gestão eficiente de resíduos e das certificações ambientais dos nossos hotéis;
  • explorar: incentivando hóspedes e Heartists® a se conectarem com os destinos de forma respeitosa, valorizando a cultura local e o meio ambiente que nos cerca.

Seguimos firmes em nossa jornada, com a ambição de nos tornarmos referência global em hospitalidade sustentável. A certificação dos hotéis tem sido uma das nossas grandes prioridades: ultrapassamos a marca de 100 hotéis certificados nas Américas e pretendemos ir ainda mais longe no próximo ano.

Quanto às novidades, posso adiantar que estamos preparando uma iniciativa inédita no setor de Alimentos & Bebidas, voltada à sustentabilidade e a qual deve ser lançada até o final de 2025.

Muito além do “plastic free”

O movimento liderado pela Accor não termina com a eliminação de canudos, sachês ou copos descartáveis. Ele é parte de uma mudança mais profunda, que afeta diretamente a forma como produzimos e consumimos – seja no que tange à gastronomia, seja com relação a serviços de modo geral.

Apenas para se ter uma ideia, uma nova legislação prevê, a partir de 2026, no Reino Unido, o banimento de embalagens alimentícias com adição de substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas (PFAS). Sua resistência superior a gordura e a óleo explica por que elas são tão presentes em caixas de pizza, por exemplo. Contudo, sua complexidade de decomposição e o fato de que essas são substâncias cumulativas fizeram com que as PFAS fossem conhecidas como “químicos eternos”, levantando debates sobre sua segurança à saúde humana e ambiental.

Falar em eliminar plásticos de uso único nos hotéis e em provocar mudanças ambiental e socialmente corretas soa muito bem em discursos. Porém, você já parou para se perguntar se essa tendência está acontecendo aí no seu empreendimento? As ações da equipe estão alinhadas com as melhores práticas de sustentabilidade? Deixe seu ponto de vista nos comentários!

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Bruna Dinardi
Author: Bruna Dinardi