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Como transformar a manutenção dos hotéis com eficiência energética e inovação sustentável

*Artigo assinado por Bruno Hessel, engenheiro de Marketing de Produto Sênior – Automação Predial e Medidores na ABB Eletrificação*

A busca por práticas sustentáveis deixou de ser uma simples tendência e se tornou uma necessidade urgente no setor de turismo. Em um cenário global cada vez mais consciente sobre o impacto ambiental, o conceito de turismo verde está moldando a nova geração de hotéis, que se tornam mais eficientes, responsáveis e conectados às demandas sociais e ambientais. Nesse contexto, a eficiência energética se destaca como um pilar essencial para a transformação sustentável na hotelaria.

Os hotéis, por natureza, são grandes consumidores de energia. Climatização, iluminação, aquecimento de água e operação de equipamentos exigem consumo constante – e, muitas vezes, desnecessário. Isso coloca um grande desafio nas mãos das equipes de manutenção: garantir o funcionamento contínuo desses sistemas e buscar soluções para reduzir o consumo sem comprometer a experiência do hóspede.

A resposta para esse desafio vem da tecnologia, por meio de sistemas inteligentes de automação predial e gestão energética. Afinal, eles abrem caminho para uma mudança radical no uso de recursos dentro dos empreendimentos hoteleiros.

Tecnologia e eficiência energética lado a lado

Retrato de Bruno Hessel, um homem de óculos e cabelo escuro, vestindo uma camisa polo branca com o logo da ABB. Ele está sorrindo levemente, de braços cruzados, e o fundo tem um gradiente de cores que vai do vermelho ao branco e ao azul claro.
Bruno Hessel, engenheiro de Marketing de Produto na ABB Eletrificação, aborda a correlação entre automação predial e eficiência energética na hotelaria neste artigo exclusivo | Crédito: Divulgação

Com o apoio de soluções digitais integradas, é possível reduzir em até 20% os custos com energia e, ao mesmo tempo, diminuir as emissões de CO₂. Isso porque esses sistemas monitoram, controlam e otimizam o consumo em tempo real, adaptando iluminação e climatização ao perfil de ocupação, horário do dia e preferências do hóspede.

Como esses ajustes são feitos automaticamente, esse quadro representa uma redução significativa no esforço manual da equipe de manutenção, limitando a necessidade de intervenções humanas a situações pontuais. Além disso, a redução do consumo de energia implica um desgaste menor de equipamentos, prolongando sua vida útil e minimizando os custos com manutenções corretivas.

Fora a economia direta, a automação também simplifica a infraestrutura física do hotel: o cabeamento pode ser reduzido em até 60% e os componentes de conectividade em 25%, tornando as instalações mais enxutas e sustentáveis desde a base. Isso simplifica o trabalho da equipe de manutenção e ainda permite que retrofits sejam realizados com agilidade e impacto mínimo no funcionamento do hotel. Ou seja, é possível atualizar a infraestrutura existente com soluções mais eficientes e modernas em vez de recorrer a grandes obras.

Outro aspecto fundamental é a flexibilidade dos sistemas baseados em padrões abertos, como o protocolo KNX – um padrão internacional para automação predial que integra o controle de iluminação, climatização, segurança e outros sistemas. Esse protocolo permite que dispositivos de diferentes fabricantes funcionem juntos, garantindo que o hotel possa se adaptar facilmente a novas exigências e a tecnologias futuras. Sob a ótica dos profissionais de manutenção, essa é a possibilidade de integrar novas soluções sem a necessidade de efetuar grandes alterações na infraestrutura existente, o que simplifica o processo de atualização e manutenção dos sistemas.

Mais automação, mais conforto, menos custos

As mãos de uma pessoa seguram um tablet branco com uma interface de automação residencial visível na tela, mostrando a temperatura de 20.5ºC e a programação de horários para os dias da semana. A imagem, com o fundo desfocado de uma cozinha moderna (com pia e iluminação), ilustra como a tecnologia facilita o controle e a conveniência em ambientes como um quarto de hotel, aumentando a satisfação do hóspede e resultando em eficiência energética.
A automação traz conveniência e conforto para os hóspedes, que passam a controlar todos os aspectos do interior de sua acomodação, como a climatização | Crédito: Freepik

Cabe ressaltar que a eficiência energética não se restringe à redução do consumo de energia, mas também diz respeito à melhoria da experiência do hóspede, já que, com a automação, dá para personalizar o ambiente dos quartos a partir de aplicativos intuitivos, ajustando luzes, temperatura, cortinas e serviços. Além de aumentar o conforto, isso facilita a gestão de energia, uma vez que o sistema pode ser configurado de forma inteligente para otimizar o consumo com base nas preferências do cliente.

Do ponto de vista da gestão e da manutenção, os dados coletados em tempo real são cruciais. As equipes de manutenção podem acessar informações detalhadas sobre o desempenho dos sistemas, identificando problemas antes que se tornem falhas críticas e, assim, aderindo a uma abordagem de manutenção preventiva e preditiva, na qual é possível planejar intervenções e trabalhar para que os sistemas funcionem de forma mais eficiente. Esses dados também são fundamentais para nortear tomadas de decisão sobre consumo, manutenção e investimentos, integrando-se perfeitamente aos sistemas de gestão hoteleira e predial.

Em tempos em que a reputação ambiental influencia diretamente a decisão de reserva, investir em eficiência energética é mais do que uma ação técnica – é uma estratégia de posicionamento de marca. Os hóspedes não apenas percebem o conforto, mas valorizam o compromisso ambiental dos lugares nos quais escolhem se hospedar.

Sustentabilidade, neste novo ciclo da hotelaria, começa no consumo inteligente de energia. E os hotéis que adotam essa agenda desde já lideram um movimento de transformação no turismo, contribuindo para um setor mais responsável, inovador e conectado com o futuro do planeta – de quebra, reduzem custos. Para as equipes de manutenção, adotar essas práticas é muito mais do que seguir tendências: é a chance de se tornar parte ativa da mudança, assegurando um futuro mais eficiente e sustentável para os empreendimentos.

não significa apenas seguir tendências, mas se tornar parte ativa da mudança, garantindo um futuro mais eficiente e sustentável para os hotéis.

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O artigo de Bruno Hessel comprovou que eficiência energética e automação predial não são coisas de outro mundo. Pelo contrário: são conceitos (e aplicações) muito próximos da realidade da hotelaria. O que você pensa sobre isso? Você vê, na prática, a relação entre sustentabilidade e automação ou acha que esse cenário ainda está muito distante do empreendimento em que você atua? Deixe um comentário!

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Bruna Dinardi
Author: Bruna Dinardi