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11 competências que o associativismo na hotelaria ajuda a desenvolver

*Artigo assinado por Luiz Henrique Miranda, diretor-executivo da Agência AMIgo!*

Em um cenário cada vez mais competitivo, o hoteleiro moderno precisa de mais do que expertise em operações e atendimento para se destacar. E é justamente aí onde entra o associativismo na hotelaria. Participar ativamente de uma associação profissional como a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) é um diferencial estratégico que pode acelerar seu crescimento e ampliar as oportunidades de forma significativa. Mais do que o simples status de “associado”, a imersão em encontros, grupos de trabalho e projetos coletivos proporciona aprendizado prático, networking qualificado e o desenvolvimento de competências essenciais para liderar – agora e no futuro.

O que o associativismo na hotelaria traz na prática

Mãos segurando peças de quebra-cabeça coloridas, representando colaboração, integração e construção coletiva promovidas pelo associativismo na hotelaria.
Networking, debates acerca das melhores práticas de mercado e participação ativa em projetos que visam fortalecer o setor como um todo estão entre as vantagens trazidas pelo associativismo na hotelaria | Crédito: Freepik

Fortalecer a rede de relacionamentos é o ponto de partida do associativismo na hotelaria. Na ABIH você encontra proprietários, gerentes e fornecedores de todas as regiões do Brasil, dispostos ao intercâmbio de experiências. Estas conexões não surgem por acaso: fazem parte de uma agenda estruturada de atividades, fóruns e rodadas de negócios que fomentam colaborações reais. “Graças à parceria da ABIH-SP com a plataforma Solution4Hotel (S4H), em processo de compra colaborativa economizei na minha pousada mais de 20% em comparação com os preços praticados no varejo”, comemora Rodrigo Tavano, sediado no litoral norte de São Paulo.

O aprendizado contínuo é outro pilar da ABIH-SP e uma ótima consequência do associativismo na hotelaria. A programação da entidade inclui workshops, seminários e cursos sobre revenue management, tecnologia, sustentabilidade, marketing digital e governança corporativa. “Ao participar de um workshop de revenue management promovido pela ABIH-SP implementei uma precificação dinâmica que elevou em 12% a taxa de ocupação do meu empreendimento em São Paulo (SP)”, relata Carlos Menezes, executivo de redes. Ou seja: ter acesso a conteúdo atualizado, ministrado por especialistas do setor, acelera a adoção de melhores práticas e contribui para a inovação diária no hotel.

Ao mesmo tempo, tomar parte em comissões e diretorias regionais estimula competências de liderança e gestão de projetos. Ao presidir a ABIH-SC, por exemplo, Margot Rosenbrock Libório, empresária de Balneário Camboriú (SC), precisou articular agendas, negociar orçamentos e representar o setor em discussões com órgãos públicos. “Quando os empresários se unem eles ficam muito mais fortes, e a ABIH existe também para reforçar essa união”, afirma. De modo geral, o exercício de funções de governança traz aprendizados sobre documentação, planejamento estratégico e condução de equipes – habilidades transferíveis para qualquer empresa.

11 competências que o associativismo na hotelaria ajuda a desenvolver

Figura humana ao lado de blocos de madeira com ícones de metas, ideias e crescimento, ilustrando o desenvolvimento de competências por meio do associativismo na hotelaria.
O associativismo na hotelaria envolve muito mais do que o pagamento de uma taxa simbólica: é um dos caminhos para aperfeiçoar habilidades e competências essenciais para crescer na carreira | Crédito: Freepik

Além de networking, formação técnica e liderança, a vivência proporcionada pelo associativismo na hotelaria desenvolve uma série de outras competências essenciais, as quais serão apresentadas a seguir.

1. Comunicação assertiva

Em reuniões e apresentações você aprende a transmitir ideias de forma clara e objetiva, garantindo compreensão e engajamento de públicos diversos.

2. Negociação e influência

No processo de captação de parcerias e patrocínios para eventos exercita-se a arte de mediar interesses e chegar a acordos vantajosos para todos.

3. Gestão de projetos

Planejamento de congressos, feiras e campanhas de marketing colaborativo exigem controle de cronogramas, orçamentos, metas e indicadores de desempenho.

4. Inteligência emocional

A convivência com diferentes perfis e pressões de prazo desperta autoconhecimento, empatia e resiliência, aspectos fundamentais para lidar com conflitos e mudanças.

5. Trabalho em equipe colaborativo

Compartilhar responsabilidades em comitês regionais refina a cooperação, o respeito a funções complementares e o espírito de colaboração para resolver desafios complexos.

6. Visão estratégica

Debates sobre cenários macroeconômicos, tendências de consumo e políticas regulatórias ajudam você a antecipar movimentos do mercado e a planejar ações de curto, médio e longo prazos.

7. Gestão de tempo e priorização

Equilibrar demandas da associação com a rotina operacional obriga a definir prioridades, otimizar processos e dizer “não” quando necessário, evitando sobrecarga.

8. Organização de eventos e logística

A experiência prática de organizar eventos regionais aprimora o domínio de fluxos de credenciamento, contratações de fornecedores, montagem de espaços e divulgação eficaz.

9. Advocacy e relacionamento institucional

Representar o setor em audiências públicas e frentes parlamentares exige elaboração de propostas, articulação política e capacidade de apresentar argumentos convincentes.

10. Inovação e pensamento criativo

Participar de grupos de estudo e hackathons internos estimula soluções originais para problemas operacionais, muitas vezes criadas em colaboração com startups e universidades.

11. Avaliação de indicadores e métricas

O acesso a pesquisas e relatórios setoriais melhora sua habilidade de interpretar dados, gerar insights e embasar decisões com maior precisão.

“A participação ativa na ABIH-BA me permitiu entender melhor a regulamentação do turismo e me antecipar às mudanças no mercado regional em Ilhéus (BA)”, contou João Batista Oliveira, proprietário de pousada, em abril de 2025, como revela notícia publicada no site da ABIH-BA. Já em Belo Horizonte (MG), Felipe Almeida destacou, para a Revista Hotéis, em novembro de 2024: “Ser membro da ABIH-MG ampliou minha visão sobre modelos de negócios e práticas sustentáveis adotadas em hotéis de todo o país. Isso foi crucial para minha evolução profissional”.

No âmbito nacional, o Conotel (Congresso Nacional de Hotéis) e os fóruns de turismo são palcos de debates que moldam o futuro da indústria. Acompanhar esses encontros de perto e votar em pautas de interesse coletivo transforma cada associado em um protagonista das decisões que impactarão o setor nos próximos anos.

Ao final, a maior vantagem do associativismo na hotelaria é o senso de pertencimento. Trabalhar em equipe para defender causas comuns, celebrar conquistas legislativas e dividir aprendizados consolida uma identidade profissional que transcende o dia a dia operacional. Você deixa de ser um hoteleiro isolado e passa a integrar uma comunidade engajada com a excelência e a inovação em hospitalidade.

Se seu objetivo é acelerar a carreira, ampliar horizontes e se tornar referência no mercado hoteleiro, a participação ativa em uma associação como a ABIH é a melhor estratégia. Não basta pagar um valor simbólico de contribuição associativa: participe dos debates, proponha projetos, assuma responsabilidades e transforme o associativismo em uma experiência prática de crescimento contínuo.

Bruna Dinardi
Author: Bruna Dinardi